Pastoral da Família em Moreilândia: Encerramento da Semana da Família

Na noite desta sexta-feira, 31 de agosto, encerramos a Semana da Família com o último Encontro de Oração com o tema "Famílias Cristãs e a Cultura da Vida".

Foi, sem hesitações, um tempo de reflexão acerca dos valores e das dificuldades da família moderna. Foram discutidos temos importantes e pertinentes no nosso dia-a-dia, enfatizando a busca da felicidade, da plenitude, do carinho, da fraternidade e, mais ainda, a promoção da vida em toda e quaisquer situação.

Diante do mundo que assola e ameaça a vida, que é o dom supremo e exclusivo de Deus, a Igreja de Cristo, alicerçada na própria Palavra do Salvador, nos convida a abraçarmos a defesa da vida. Somos todos chamados a rejeitarmos as pesquisas científicas, os avanços tecnológicos os quais materializam a vida e rebaixam o dom da vida como mera matéria para o bem próprio, exemplificando as pesquisas com células troncos embrionárias.

Muitos que se dizem sábios ou mesmo modernos defendem tais pesquisas justificando a possibilidade da cura de muitas enfermidades humanas tidas até então como incuráveis, todavia, nós, cristãos, que enxergamos o mundo sob os olhos de Deus Criador, ratificamos a pergunta retórica de Jesus que ouvimos no último encontro: "Pois que adianta a gente ganhar o mundo inteiro, se vier a se arruinar?" (Mt 16, 26) Esta nos faz entender com mais clareza que não se justifica assassinar uma vida, mesmo sendo ela em seu estágio inicial, para curar outra. Em outras palavras podemos afirmar que ganhar a vida na terra por meio de métodos anticristãos é sinônimo de arruinar a vida eterna.

É convite também a todos nós que seguimos a Cristo sermos terminantemente contrários ao aborto. Muitos movimentos feministas que existem no mundo afirmam que as mulheres têm total autonomia para com seu corpo, podendo elas fazer o que bem entenderem de seu próprio corpo, justificando assim o direito da mulher abortar. É um pensamento arcaico, injustificável, ignorante, prepotente e irresponsável! A mulher tem sim a autonomia perante seu corpo, todavia, o filho que é gerado no ventre materno já não pertence ao corpo da mulher; já é uma nova vida, já é um novo corpo, já é um novo templo vivo do Espírito Santo. Por isso não é direito da mulher abortar, tal ação é assassinato de indefeso, é um ato de cruel covardia e desrespeito à Deus, tutor da vida.

Muitos alegam problemas fisiológicos, sejam da mão ou do próprio filho em gestação, exemplificando a anencefalia (não formação do encéfalo no feto), a fim de justificarem o aborto. Bem sabemos que as chances de sobrevivência são mínimas, todavia cremos em um Deus que tudo pode, cremos no Deus do impossível que já fez maravilhas em muitos casos desenganados pela medicina. Sabemos que é árduo, doloroso passar nove meses gestando um filho que talvez durará poucos minutos de vida; no entanto a Palavra de Deus convida as mães a serem portadoras da cultura da vida, que sejam canais de vida para o mundo, que dê a oportunidade da vida florescer, mesmo que ela dure poucos minutos. É extremamente louvável a mãe que dá o direito a seu filho viver ao menos um minuto. Jesus convida as mães a não serem túmulos dos seus próprios filhos.

Cristo mesmo nos afirma: "Se alguém me quiser seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me" (Mt 16, 24). Muitas vezes devemos renunciar nossos desejos, nossas ambições, nossos projetos, nossa própria vida para que a graça de Deus seja realizada em nossas vidas.

E diante deste tema, nosso encontro fora enriquecido com a presença de uma mãe que está preste a dar à luz, seu filho. Fizemos, então, um belo momento de oração por ela, por sua família e, principalmente, pela nova vida que alegrará o lar da família.

A Semana da Família, em suma, foi uma verdadeira exortação dos valores da família cristã e, principalmente, um verdadeiro chamado a cada um de nós de sermos testemunhas vivas do amor, da misericórdia e do poder de Deus, de sermos incansáveis defensores e promotores da vida, de sermos cultuadores da cultura da vida.

Nosso encontro se encerrou com uma confraternização, celebrando a vida de D. Zefinha, que é membro da nossa Pastoral, que estará completando ano no dia 01 de setembro.